FAQ
Dr. Wagner Gattaz: Sim, encontra-se com frequência outros casos de depressão na família de pacientes depressivos.
Ter um parente de 1º grau com depressão aumenta em 50% o risco de desenvolver a mesma doença.
Dr. Wagner Gattaz: Sinais precoces da depressão: mudança no comportamento habitual, lentidão, desânimo, queda de produtividade, irritabilidade, queixas físicas difusas (dores, tensão muscular), distúrbio do sono e do apetite. Aponte para a pessoa o que a faz sofrer mais e que não esteja associado com o preconceito e use isto como argumento para ela pedir ajuda.
Dr. Wagner Gattaz: Aceitar que elas estão sofrendo, não bagatelizar com conselhos do tipo "você tem que reagir" ou "você não tem motivos para ficar assim". Recomendar repouso e assegurar que com um tratamento adequado a doença vai melhorar.
Dr. Wagner Gattaz: O diagnóstico é clinico, baseado no conjunto de sintomas que a pessoa apresenta. Não há exames de laboratório nem de imagem para diagnosticar a depressão.
Dr. Wagner Gattaz: Definitivamente NÃO. O que pode ocorrer é que alguns pacientes podem prevenir novos episódios depressivos se continuarem com uma medicação de manutenção. Da mesma forma que alguém com diabetes ou pressão alta pode ter uma vida normal se tratar-se de forma preventiva.
Dr. Wagner Gattaz: Um terço dos casos ocorre apenas uma vez e não volta mais (cura). Dois terços tem uma tendência a voltar, por isso é recomendado para estes o tratamento de manutenção (veja acima). Nestes casos, fala-se de uma remissão dos sintomas, que corresponde a uma cura clínica.
Dr. Wagner Gattaz: Existem alguns quadros de depressão que resistem ao tratamento medicamentoso, e tendem a cronificar se não houver uma intervenção eficaz. A primeira medida é verificar se a escolha e a dose dos antidepressivos usados foi adequada. Pode-se também fazer um teste genético (Genotipagem das CYPs) para avaliar a velocidade do metabolismo para os diferentes medicamentos e escolher um que seja metabolizado em velocidade normal. Caso isto não resolva, existem estratégias medicamentosas (por exemplo inibidores da monoaminooxidade e escetamina) e não medicamentosas (Estimulação Magnética Trascraniana, Eletroconvulsoterapia) bastante eficazes. É muito raro algum caso de depressão não responder a todas estas estratégias terapêuticas.
Dr. Wagner Gattaz: A menopausa pode agravar um quadro depressivo preexistente. Isto se deve possivelmente à redução dos hormônios femininos (principalmente dos estrógenos, que tem um efeito neuroprotetor).
Dr. Wagner Gattaz: Não há nenhuma vitamina que ajude a prevenir a depressão. Uma alimentação saudável, cuidados com a saúde geral (e principalmente endócrina), aprendizado de técnicas de relaxamento (Mindfulnes e Coerência Cardíaca) e atividade física são estratégias que podem ter um bom efeito preventivo.
Dr. Wagner Gattaz: Mostrando para ela compreensão para todo o sofrimento pelo qual ela passa, ressaltando aquilo que a faz sofrer mais e que não seja sinal de "loucura" (como cansaço, insônia, diminuição da concentração), e ressaltando a possibilidade de tratamento e de eliminação destas queixas. Conselhos do tipo "Não aguento mais sua irritabilidade, vá procurar um psiquiatra" obviamente não funcionam. Motiva para o tratamento aquilo que faz o paciente sofrer, e não o que incomoda o seu entorno.
Dr. Wagner Gattaz: Sim, em grande parte dos casos é possível tratar a depressão somente com os medicamentos. Apenas uma porção menor dos casos vai necessitar de um tratamento psicológico.
Dr. Wagner: Existem sim antidepressivos que não afetam a libido, e existem alguns que até a melhoram. Alguns antidepressivos não afetam a libido (o apetite sexual) mas podem retardar o orgasmo, ou mesmo impedir que ele ocorra. Todavia estes efeitos são passageiros e totalmente reversíveis, ocorrendo uma adaptação do organismo, ou ao final do tratamento, quando se muda ou se suspende o medicamento. Mas é importante notar que as causas mais frequentes de diminuição da libido são a ansiedade e a própria depressão.
Dr. Wagner Gattaz: Sim, existem graus de intensidade indo dos casos mais leves, que algumas vezes desasparecem mesmo sem tratamento, até os casos mais graves, que são altamente incapacitantes e causam um enorme sofrimento.
Dr. Wagner Gattaz: A melhor forma é permitir aos familiares acesso à informação baseada em ciência, mostrando que os medicamentos antidepressivos são evoluídos, com eficácia cientificamente comprovada, e que ocupam na medicina o mesmo lugar de importância que os medicamentos para se tratar, por exemplo, o diabetes, a pressão alta e os distúrbios endócrinos.
Dr. Wagner Gattaz: Uma avaliação psiquiátrica inicial é sempre importante para dar a orientação terapêutica exigida para cada caso, inclusive a recomendação de medicamentos e de psicoterapias.
Dr. Wagner Gattaz: Não, os exames de imagem cerebral são apenas em nível de pesquisa. O diagnóstico da depressão se dá pelo exame clínico.
Dr. Wagner Gattaz: Nem todas as doenças têm cura, mas a depressão tem tratamento. É comparável à diabetes e à hipertensão arterial (pressão alta): com o tratamento adequado a pessoa pode viver normalmente e ser feliz. Cerca de um terço das depressões num primeiro episódio desaparecem depois de um ano de tratamento medicamentoso. Os dois terços restantes vão se beneficiar de um tratamento para prevenir novas fases depressivas.
Dr. Wagner Gattaz: Na verdade, a maioria dos antidepressivos tem um efeito estimulante, melhorando o ânimo e a energia interna. Mas é importante notar que a insônia ocorre frequentemente na depressão, e a normalização do sono, sem deixar a pessoa sonolenta de dia, é um fator importante para ela recuperar as suas energias e sair da depressão.
Dr. Wagner Gattaz: Não, a maioria das pessoas com depressão consegue executar suas atividades profissionais e pessoais. Todavia, isto é acompanhado de muito sofrimento, tudo fica muito difícil, necessita de grande esforço, e o aproveitamento e rendimento estão prejudicados.
Dr. Wagner Gattaz: Em alguns casos, após um tratamento de pelo menos um ano, as crises podem desaparecer.
Dr. Wagner Gattaz: Foi correto tentar suspender os antidepressivos depois de cinco anos. Todavia, se os sintomas estão voltando, procure imediatamente o seu médico que provavelmente vai reintroduzir os medicamentos. Provavelmente você poderá se beneficiar de um tratamento preventivo.
Dr. Wagner Gattaz: Realmente estamos vivendo um momento difícil e é natural ter preocupações. Todavia, as preocupações ligadas a um determinado fator externo (por exemplo, pandemia) são centradas na causa, a pessoa ainda mantém a capacidade de sentir prazer e desligar-se da preocupação. Já a depressão é generalizada, ocupa todas as áreas da vida. Além disto, ao contrário das preocupações do dia a dia, a depressão é acompanhada pelos sintomas físicos, como cansaço, sensação de falta de energia, tensão muscular e dores difusas pelo corpo.
O seu médico saberá avaliar se estas variações do humor no período menstrual necessitam de um tratamento específico. Há alguns antidepressivos que têm um bom efeito, aliviando a TPM.
Dr. Wagner Gattaz: Hoje não se usa mais esta classificação. Antes se chamava de depressão exógena aquela causada por causas externas, inclusive pelo uso de drogas e alguns medicamento. E a depressão endógena se referia àquela sem uma causa externa aparente.
Dr. Wagner Gattaz: Sim, o importante não é viver sem medicamentos, o importante é viver sem depressão. Quem já teve depressão, conhece o sofrimento profundo e valoriza os tratamentos eficazes.
Dr. Wagner Gattaz: O melhor caminho é mostrar para a pessoa como ela está sofrendo, como sua vida está sendo limitada, e como os tratamentos eficazes podem dar um alívio em pouco tempo a todo o sofrimento causado pela depressão.
SOBRE DEPRESSÃO
A DEPRESSÃO É UMA DOENÇA GENÉTICA? EXISTE PREDISPOSIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA?
Dr. Wagner Gattaz: Sim, encontra-se com frequência outros casos de depressão na família de pacientes depressivos.
Ter um parente de 1º grau com depressão aumenta em 50% o risco de desenvolver a mesma doença.
COMO IDENTIFICAR SINTOMAS DE DEPRESSÃO EM UMA PESSOA E AJUDÁ-LA A PEDIR AJUDA?
Dr. Wagner Gattaz: Sinais precoces da depressão: mudança no comportamento habitual, lentidão, desânimo, queda de produtividade, irritabilidade, queixas físicas difusas (dores, tensão muscular), distúrbio do sono e do apetite. Aponte para a pessoa o que a faz sofrer mais e que não esteja associado com o preconceito e use isto como argumento para ela pedir ajuda.
COMO PODEMOS AJUDAR PESSOAS A LIDAREM COM A DEPRESSÃO NO DIA A DIA?
Dr. Wagner Gattaz: Aceitar que elas estão sofrendo, não bagatelizar com conselhos do tipo "você tem que reagir" ou "você não tem motivos para ficar assim". Recomendar repouso e assegurar que com um tratamento adequado a doença vai melhorar.
QUAIS SÃO AS FORMAS MAIS EFETIVAS DE DIAGNÓSTICO DA DEPRESSÃO? É POSSÍVEL IDENTIFICAR POR MEIO DE TOMOGRAFIA OU RESSONÂNCIA MAGNÉTICA?
Dr. Wagner Gattaz: O diagnóstico é clinico, baseado no conjunto de sintomas que a pessoa apresenta. Não há exames de laboratório nem de imagem para diagnosticar a depressão.
OS MEDICAMENTOS UTILIZADOS PARA TRATAMENTO DA DEPRESSÃO PODEM CAUSAR DEPENDÊNCIA?
Dr. Wagner Gattaz: Definitivamente NÃO. O que pode ocorrer é que alguns pacientes podem prevenir novos episódios depressivos se continuarem com uma medicação de manutenção. Da mesma forma que alguém com diabetes ou pressão alta pode ter uma vida normal se tratar-se de forma preventiva.
A DEPRESSÃO TEM CURA? OU APENAS TRATAMENTO?
Dr. Wagner Gattaz: Um terço dos casos ocorre apenas uma vez e não volta mais (cura). Dois terços tem uma tendência a voltar, por isso é recomendado para estes o tratamento de manutenção (veja acima). Nestes casos, fala-se de uma remissão dos sintomas, que corresponde a uma cura clínica.
TODOS ESTAMOS SUJEITOS À DEPRESSÃO CRÔNICA OU SOMENTE PESSOAS QUE POSSUEM PREDISPOSIÇÃO À DOENÇA?
Dr. Wagner Gattaz: Existem alguns quadros de depressão que resistem ao tratamento medicamentoso, e tendem a cronificar se não houver uma intervenção eficaz. A primeira medida é verificar se a escolha e a dose dos antidepressivos usados foi adequada. Pode-se também fazer um teste genético (Genotipagem das CYPs) para avaliar a velocidade do metabolismo para os diferentes medicamentos e escolher um que seja metabolizado em velocidade normal. Caso isto não resolva, existem estratégias medicamentosas (por exemplo inibidores da monoaminooxidade e escetamina) e não medicamentosas (Estimulação Magnética Trascraniana, Eletroconvulsoterapia) bastante eficazes. É muito raro algum caso de depressão não responder a todas estas estratégias terapêuticas.
QUAIS HORMÔNIOS AFETAM A DEPRESSÃO? A MENOPAUSA PODE SER UMA CAUSA?
Dr. Wagner Gattaz: A menopausa pode agravar um quadro depressivo preexistente. Isto se deve possivelmente à redução dos hormônios femininos (principalmente dos estrógenos, que tem um efeito neuroprotetor).
EXISTE ALGUMA VITAMINA QUE AJUDE A PREVINIR A DEPRESSÃO?
Dr. Wagner Gattaz: Não há nenhuma vitamina que ajude a prevenir a depressão. Uma alimentação saudável, cuidados com a saúde geral (e principalmente endócrina), aprendizado de técnicas de relaxamento (Mindfulnes e Coerência Cardíaca) e atividade física são estratégias que podem ter um bom efeito preventivo.
COMO PODEMOS AJUDAR UMA PESSOA QUE ESTÁ EM DEPRESSÃO E SE RECUSA A PROCURAR AJUDA?
Dr. Wagner Gattaz: Mostrando para ela compreensão para todo o sofrimento pelo qual ela passa, ressaltando aquilo que a faz sofrer mais e que não seja sinal de "loucura" (como cansaço, insônia, diminuição da concentração), e ressaltando a possibilidade de tratamento e de eliminação destas queixas. Conselhos do tipo "Não aguento mais sua irritabilidade, vá procurar um psiquiatra" obviamente não funcionam. Motiva para o tratamento aquilo que faz o paciente sofrer, e não o que incomoda o seu entorno.
É POSSÍVEL TRATAR A DEPRESSÃO SOMENTE COM MEDICAMENTOS OU É NECESSÁRIO O ACOMPANHAMENTO DE UM PSICÓLOGO, ALÉM DO PSIQUIATRA?
Dr. Wagner Gattaz: Sim, em grande parte dos casos é possível tratar a depressão somente com os medicamentos. Apenas uma porção menor dos casos vai necessitar de um tratamento psicológico.
O ANTIDEPRESSIVO SEMPRE ME CAUSA MUITA FALTA DE LIBIDO, EXISTE ALGUM QUE NÃO CAUSA?
Dr. Wagner: Existem sim antidepressivos que não afetam a libido, e existem alguns que até a melhoram. Alguns antidepressivos não afetam a libido (o apetite sexual) mas podem retardar o orgasmo, ou mesmo impedir que ele ocorra. Todavia estes efeitos são passageiros e totalmente reversíveis, ocorrendo uma adaptação do organismo, ou ao final do tratamento, quando se muda ou se suspende o medicamento. Mas é importante notar que as causas mais frequentes de diminuição da libido são a ansiedade e a própria depressão.
EXISTEM GRAUS DE DEPRESSÃO? LEVE, MODERADA E SEVERA?
Dr. Wagner Gattaz: Sim, existem graus de intensidade indo dos casos mais leves, que algumas vezes desasparecem mesmo sem tratamento, até os casos mais graves, que são altamente incapacitantes e causam um enorme sofrimento.
COMO CONSCIENTIZAR A FAMÍLIA, QUANDO DIAGNOSTICADA A DEPRESSÃO DE QUE O REMÉDIO NÃO É UM VILÃO E SIM ALIADO E QUE O TRATAMENTO É NECESSÁRIO?
Dr. Wagner Gattaz: A melhor forma é permitir aos familiares acesso à informação baseada em ciência, mostrando que os medicamentos antidepressivos são evoluídos, com eficácia cientificamente comprovada, e que ocupam na medicina o mesmo lugar de importância que os medicamentos para se tratar, por exemplo, o diabetes, a pressão alta e os distúrbios endócrinos.
QUANDO IDENTIFICAMOS OS SINTOMAS DA DEPRESSÃO QUAL O PRIMEIRO PASSO? QUEM DEVEMOS PROCURAR INICIALMENTE?
Dr. Wagner Gattaz: Uma avaliação psiquiátrica inicial é sempre importante para dar a orientação terapêutica exigida para cada caso, inclusive a recomendação de medicamentos e de psicoterapias.
É POSSÍVEL OBTER O DIAGNÓSTICO DE DEPRESSÃO ATRAVÉS DE UMA EXAME DE IMAGENS DO CÉREBRO OU APENAS VIA CONVERSA COM PROFISSIONAIS DA SAÚDE?
Dr. Wagner Gattaz: Não, os exames de imagem cerebral são apenas em nível de pesquisa. O diagnóstico da depressão se dá pelo exame clínico.
SE A DEPRESSÃO É UMA DOENÇA, ELA TEM CURA? COMO TRATAR DEPRESSÃO SEM O USO DE ANTIDEPRESSIVOS? COMO SABER QUE ESTOU CURADO DA DEPRESSÃO?
Dr. Wagner Gattaz: Nem todas as doenças têm cura, mas a depressão tem tratamento. É comparável à diabetes e à hipertensão arterial (pressão alta): com o tratamento adequado a pessoa pode viver normalmente e ser feliz. Cerca de um terço das depressões num primeiro episódio desaparecem depois de um ano de tratamento medicamentoso. Os dois terços restantes vão se beneficiar de um tratamento para prevenir novas fases depressivas.
NORMALMENTE OS ANTIDEPRESSIVOS DÃO MUITO SONO. SE A ATIVIDADE CEREBRAL DE UMA PESSOA DEPRESSIVA JÁ É BAIXA, O SONO NÃO PROLONGA ESSA "NÃO ATIVIDADE" CEREBRAL?
Dr. Wagner Gattaz: Na verdade, a maioria dos antidepressivos tem um efeito estimulante, melhorando o ânimo e a energia interna. Mas é importante notar que a insônia ocorre frequentemente na depressão, e a normalização do sono, sem deixar a pessoa sonolenta de dia, é um fator importante para ela recuperar as suas energias e sair da depressão.
UMA PESSOA DEPRESSIVA É UMA PESSOA QUE FICA APENAS DEITADA O DIA INTEIRO SEM VONTADE DE SAIR DE CASA E TRABALHAR?
Dr. Wagner Gattaz: Não, a maioria das pessoas com depressão consegue executar suas atividades profissionais e pessoais. Todavia, isto é acompanhado de muito sofrimento, tudo fica muito difícil, necessita de grande esforço, e o aproveitamento e rendimento estão prejudicados.
UMA PESSOA DIAGNOSTICADA COM DEPRESSÃO OU PÂNICO DEVE CONSIDERAR QUE TEM ESTE DIAGNÓSTICO PELO RESTO DA VIDA, OU É POSSÍVEL CONSIDERAR QUE HÁ CURA?
Dr. Wagner Gattaz: Em alguns casos, após um tratamento de pelo menos um ano, as crises podem desaparecer.
UMA PESSOA DIAGNOSTICADA COM DEPRESSÃO OU PÂNICO DEVE CONSIDERAR QUE TEM ESTE DIAGNÓSTICO PELO RESTO DA VIDA, OU É POSSÍVEL CONSIDERAR QUE HÁ CURA?
Dr. Wagner Gattaz: Foi correto tentar suspender os antidepressivos depois de cinco anos. Todavia, se os sintomas estão voltando, procure imediatamente o seu médico que provavelmente vai reintroduzir os medicamentos. Provavelmente você poderá se beneficiar de um tratamento preventivo.
COMO SABER SE É DEPRESSÃO OU REFLEXO DO MOMENTO DA VIDA PANDÊMICA?
Dr. Wagner Gattaz: Realmente estamos vivendo um momento difícil e é natural ter preocupações. Todavia, as preocupações ligadas a um determinado fator externo (por exemplo, pandemia) são centradas na causa, a pessoa ainda mantém a capacidade de sentir prazer e desligar-se da preocupação. Já a depressão é generalizada, ocupa todas as áreas da vida. Além disto, ao contrário das preocupações do dia a dia, a depressão é acompanhada pelos sintomas físicos, como cansaço, sensação de falta de energia, tensão muscular e dores difusas pelo corpo.
EU PERCEBO QUE NO PERÍODO DE TPM E EM CLIMAS NUBLADOS FICO DEPRESSIVA. ISSO TEM ALGUMA RELAÇÃO?
O seu médico saberá avaliar se estas variações do humor no período menstrual necessitam de um tratamento específico. Há alguns antidepressivos que têm um bom efeito, aliviando a TPM.
QUAIS AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A DEPRESSÃO ENDÓGENA E EXÓGENA?
Dr. Wagner Gattaz: Hoje não se usa mais esta classificação. Antes se chamava de depressão exógena aquela causada por causas externas, inclusive pelo uso de drogas e alguns medicamento. E a depressão endógena se referia àquela sem uma causa externa aparente.
PASSAR ANOS USANDO ANTIDEPRESSIVO É MELHOR DO QUE SOFRER COM OS SINTOMAS DA DEPRESSÃO?
Dr. Wagner Gattaz: Sim, o importante não é viver sem medicamentos, o importante é viver sem depressão. Quem já teve depressão, conhece o sofrimento profundo e valoriza os tratamentos eficazes.
QUAL A MELHOR FORMA DE LIDAR COM FAMILIARES COM DEPRESSÃO? COMO MOSTRAR PARA A PESSOA QUERIDA QUE ELA NÃO ESTÁ SOZINHA NESSA LUTA?
Dr. Wagner Gattaz: O melhor caminho é mostrar para a pessoa como ela está sofrendo, como sua vida está sendo limitada, e como os tratamentos eficazes podem dar um alívio em pouco tempo a todo o sofrimento causado pela depressão.
Dr. Wagner Gattaz: Podem, se não forem tratados adequadamente. E de fato isto ocorre com uma certa frequência.
Dr. Wagner Gattaz: A depressão geralmente tem como sintoma a ansiedade. Mas existem os transtornos de ansiedade (como as fobias e o pânico) nas quais a ansiedade não é acompanhada por sintomas depressivos.
Dr. Wagner Gattaz: O TOC faz parte dos transtornos de ansiedade. Em alguns casos, rituais obsessivo-compulsivos podem também ocorrer em quadros depressivos, e vice-versa.
Dr. Wagner Gattaz: Quando estamos preocupados ou de luto, reconhecemos imediatamente o motivo da tristeza, a tristeza é centrada na causa. Já a depressão é generalizada, ocupa a vida completa da pessoa. No Burnout, as queixas são gerais quando a atividade estiver relacionada com o trabalho. Os transtornos de ansiedade não têm os demai sintomas mentais e físicos da depressão.
Dr. Wagner Gattaz: Alguns estudos mostram que pessoas com uma depressão, se não for tratada adequadamente, têm um risco maior para a doença de Alzheimer. Por outro lado, descobrimos em meu laboratório na USP, que o Litio (usado no tratamento de alguns casos de depressão) tem um efeito PROTETOR contra a doença de Alzheimer.
Dr. Wagner Gattaz: Ressalte para ela o que a está fazendo sofrer e limitando a sua vida. E então fica mais fácil convencê-la a procurar um tratamento psiquiátrico e, se for necessário, uma psicoterapia.
Dr. Wagner Gattaz: É importante no início fazer sempre uma avaliação médico psiquiátrica. Se uma psicoterapia for indicação, será então encaminhada ao psicoterapeuta após a avaliação médica.
Dr. Wagner Gattaz: Há casos de crises de ansiedade que ocorrem durante o sono, talvez motivadas ou desencadeadas por sonhos, e que faz a pessoa despertar assustada no meio da noite. Isto sem dúvidas causa muito sofrimento e portanto, deve-se procurar logo um tratamento especializado.
Dr. Wagner Gattaz: Sim, existe o TDAH em adultos tambem.
Dr. Wagner Gattaz: Veja bem, todos nós temos uma capacidade de resistir a fatores estressantes de intensidade variável. Todavia, a pessoa que adoece de uma depressão, apresenta uma maior vulnerabilidade a estes fatores desencadeantes. Mas eles não são uma fraqueza. Da mesma forma que um diabético fica mais vulnerável a doces e açúcar, a pessoa com depressão fica mais vulnerável ao estresse e a conflitos externos, mas isto não é uma fraqueza. Geralmente com o tratamento da depressão, a resistência a estes fatores externos volta, sendo isto o que chamamos de resiliência.
Dr. Wagner Gattaz: É importante inicialmente verificar o ajuste medicamentoso. Com um tratamento adequado se consegue um alívio destas queixas. É importante notar que as crises de ansiedade respondem muito bem ao tratamento com alguns antidepressivos específicos, e não somente aos chamados ansiolíticos ("calmantes").
Dr. Wagner Gattaz: Não, em alguns casos a síndrome do pânico, que é um transtorno de ansiedade, pode se manter como tal, sem desenvolver uma depressão.
Dr. Wagner Gattaz: Sim, o Burnout pode aparecer também em mães, esposas e donas de casa, não sendo restrito a pessoas que exercem um trabalho formal.
OUTRAS DESORDENS
O BURNOUT OU ANSIEDADE PODEM EVOLUIR PARA UMA DEPRESSÃO?
Dr. Wagner Gattaz: Podem, se não forem tratados adequadamente. E de fato isto ocorre com uma certa frequência.
EXISTE RELAÇÃO ENTRE AS DOENÇAS DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO? UMA É SINTOMA OU PODE DESENCADEAR A OUTRA?
Dr. Wagner Gattaz: A depressão geralmente tem como sintoma a ansiedade. Mas existem os transtornos de ansiedade (como as fobias e o pânico) nas quais a ansiedade não é acompanhada por sintomas depressivos.
EXISTE RELAÇÃO ENTRE A SÍNDROME DE TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO E A DEPRESSÃO?
Dr. Wagner Gattaz: O TOC faz parte dos transtornos de ansiedade. Em alguns casos, rituais obsessivo-compulsivos podem também ocorrer em quadros depressivos, e vice-versa.
COMO DIFERENCIAR PREOCUPAÇÕES (COMO MEDO DE MORRER, LUTO E ETC) DE SINTOMAS DE DEPRESSÃO, ANSIEDADE, BURNOUT E OUTROS DISTÚRBIOS?
Dr. Wagner Gattaz: Quando estamos preocupados ou de luto, reconhecemos imediatamente o motivo da tristeza, a tristeza é centrada na causa. Já a depressão é generalizada, ocupa a vida completa da pessoa. No Burnout, as queixas são gerais quando a atividade estiver relacionada com o trabalho. Os transtornos de ansiedade não têm os demai sintomas mentais e físicos da depressão.
A DEPRESSÃO E A ANSIEDADE, OU ATÉ MESMO O TRANSTORNO MISTO, POSSUEM RELAÇÃO COM O ALZHEIMER?
Dr. Wagner Gattaz: Alguns estudos mostram que pessoas com uma depressão, se não for tratada adequadamente, têm um risco maior para a doença de Alzheimer. Por outro lado, descobrimos em meu laboratório na USP, que o Litio (usado no tratamento de alguns casos de depressão) tem um efeito PROTETOR contra a doença de Alzheimer.
COMO LIDAR COM UMA PESSOA QUE CONVIVE DIARIAMENTE COM CRISE DE ANSIEDADE, FALTA DE SEGURANÇA E MEDO DE FICAR EM CASA SOZINHA?
Dr. Wagner Gattaz: Ressalte para ela o que a está fazendo sofrer e limitando a sua vida. E então fica mais fácil convencê-la a procurar um tratamento psiquiátrico e, se for necessário, uma psicoterapia.
EM CASOS DE CRISE DE ANSIEDADE, QUAL PROFISSIONAL PROCURAR? PSICÓLOGO OU PSIQUIATRA?
Dr. Wagner Gattaz: É importante no início fazer sempre uma avaliação médico psiquiátrica. Se uma psicoterapia for indicação, será então encaminhada ao psicoterapeuta após a avaliação médica.
JÁ TIVE MUITA CRISE DE ANSIEDADE E SEI IDENTIFICÁ-LAS, PORÉM ATUALMENTE TENHO CRISES DORMINDO. É NORMAL?
Dr. Wagner Gattaz: Há casos de crises de ansiedade que ocorrem durante o sono, talvez motivadas ou desencadeadas por sonhos, e que faz a pessoa despertar assustada no meio da noite. Isto sem dúvidas causa muito sofrimento e portanto, deve-se procurar logo um tratamento especializado.
MESMO EM PESSOAS COM A IDADE AVANÇADA, O TDAH PODE SER DIAGNOSTICADO?
Dr. Wagner Gattaz: Sim, existe o TDAH em adultos tambem.
SE SINTOMAS MENTAIS TEM UM AGENTE DESENCADEADOR, COMO POR EXEMPLO A PANDEMIA, PODEMOS CHAMÁ-LOS DE "FRAQUEZA DA ALMA"?
Dr. Wagner Gattaz: Veja bem, todos nós temos uma capacidade de resistir a fatores estressantes de intensidade variável. Todavia, a pessoa que adoece de uma depressão, apresenta uma maior vulnerabilidade a estes fatores desencadeantes. Mas eles não são uma fraqueza. Da mesma forma que um diabético fica mais vulnerável a doces e açúcar, a pessoa com depressão fica mais vulnerável ao estresse e a conflitos externos, mas isto não é uma fraqueza. Geralmente com o tratamento da depressão, a resistência a estes fatores externos volta, sendo isto o que chamamos de resiliência.
ESTOU TENDO CRISES DE ANSIEDADE NA HORA DE DORMIR E TENHO SINTOMAS FÍSICOS. PASSEI COM UM MÉDICO E ESTOU TOMANDO MEDICAÇÃO PARA ANSIEDADE, PORÉM AINDA TENHO CRISES. COMO LIDAR?
Dr. Wagner Gattaz: É importante inicialmente verificar o ajuste medicamentoso. Com um tratamento adequado se consegue um alívio destas queixas. É importante notar que as crises de ansiedade respondem muito bem ao tratamento com alguns antidepressivos específicos, e não somente aos chamados ansiolíticos ("calmantes").
TODA PESSOA QUE TEM SÍNDROME DO PÂNICO PODE DESENVOLVER A DEPRESSÃO?
Dr. Wagner Gattaz: Não, em alguns casos a síndrome do pânico, que é um transtorno de ansiedade, pode se manter como tal, sem desenvolver uma depressão.
O BURNOUT PODE APARECER EM UMA PESSOA QUE NÃO TRABALHA? COMO POR EXEMPLO ALGUÉM QUE TEM TAREFAS DIÁRIAS A SEREM FEITAS, ASSIM COMO DONAS DE CASA E MÃES?
Dr. Wagner Gattaz: Sim, o Burnout pode aparecer também em mães, esposas e donas de casa, não sendo restrito a pessoas que exercem um trabalho formal.
Dr. Wagner Gattaz: Em isolamento foi encontrado uma relação com um aumento de sintomas de ansiedade e depressão. Um programa de treinamento junto às lideranças da empresa pode reduzir estes efeitos negativos sobre a saúde mental.
Dr. Wagner Gattaz: Existem programas específicos chamados de "reabilitação neuropsicológica" que podem trazer bons resultados nestes casos.
ISOLAMENTO E COVID-19
COMO IDENTIFICAR E MITIGAR OS EFEITOS DO ISOLAMENTO EM NOSSA SAÚDE MENTAL? EX. PERDA DE ENGAJAMENTO E MOTIVAÇÃO, DIMINUIÇÃO NOS NÍVEIS DE ENERGIA.
Dr. Wagner Gattaz: Em isolamento foi encontrado uma relação com um aumento de sintomas de ansiedade e depressão. Um programa de treinamento junto às lideranças da empresa pode reduzir estes efeitos negativos sobre a saúde mental.
COMO MITIGAR IMPACTOS DE SEQUELAS DA COVID-19, COMO POR EXEMPLO O DÉFICIT DE APRENDIZADO E MEMÓRIA E DIFICULDADES DE CONCENTRAÇÃO?
Dr. Wagner Gattaz: Existem programas específicos chamados de "reabilitação neuropsicológica" que podem trazer bons resultados nestes casos.
Dr. Wagner Gattaz: Existem vários tipos de terapia, mas as pesquisas tem mostrado que a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) tem apresentado resultados mais significativos em tempo mais curto. Portanto, a TCC tem sido mais indicada tanto no tratamento da ansiedade como no da depressão.
Dr. Wagner Gattaz: Um psicanalista bem competente, ou uma consulta com um psiquiatra, poderão esclarecer esta questão, fazendo-se um balanço entre os efeitos da psicanálise sozinha e os potenciais benefícios de se adicionar um tratamento medicamentoso.
Dr. Wagner Gattaz: Procure agendar uma consulta com um psiquiatra.
Dr. Wagner Gattaz: Uma primeira fase depressiva trata-se por 12 meses e depois tenta-se suspender a medicação. Em um terço dos casos a pessoa continua bem, e em dois terços há uma tendência à volta de sintomas, o que pode ser prevenido com a continuidade do tratamento medicamentoso.
Dr. Wagner Gattaz: Não se deixe influenciar pelo estigma dos medicamentos antidepressivos. Porque evitar remédios químicos, moléculas purificadas e testadas pela ciência, e dar preferência à fitoterápicos, sem qualquer base científica e que tem um efeito tóxico muito maior que o de medicamentos, e acima de tudo não resolvem a doença? Muitas vezes o tratamento medicamentoso traz a solução para o problema. Uma psicoterapia para desordens como a síndrome de Burnout tem que seguir um protocolo aprovado cientificamente, não é algo que se faz por tentativa e erro. E se for necessário, é um privilegio poder contar com medicamentos eficazes (da mesma forma que se conta com antibióticos, vacinas, analgésicos, antiinflamatórios e etc.).
Dr. Wagner Gattaz: É possível medir a efetividade do diagnóstico comparando-o com padrões estatísticos e também um diagnóstico correto resulta num tratamento eficaz.
OUTRAS DÚVIDAS
QUAIS OS TIPOS DE TERAPIA? COMO SABER QUAL O MAIS ADEQUADO?
Dr. Wagner Gattaz: Existem vários tipos de terapia, mas as pesquisas tem mostrado que a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) tem apresentado resultados mais significativos em tempo mais curto. Portanto, a TCC tem sido mais indicada tanto no tratamento da ansiedade como no da depressão.
COMO IDENTIFICAR QUE É HORA DE PROCURAR AJUDA DE UM MÉDICO PARA AVALIAR SE É NECESSÁRIO TOMAR MEDICAÇÃO?
Dr. Wagner Gattaz: Um psicanalista bem competente, ou uma consulta com um psiquiatra, poderão esclarecer esta questão, fazendo-se um balanço entre os efeitos da psicanálise sozinha e os potenciais benefícios de se adicionar um tratamento medicamentoso.
FIQUEI MUITO PREOCUPADO POIS TENHO VÁRIOS DOS SINAIS DE DESORDEM EMOCIONAL. COMO DEVO PROCEDER?
Dr. Wagner Gattaz: Procure agendar uma consulta com um psiquiatra.
QUAL O PRAZO MÉDIO PARA O USO DE UM TRATAMENTO?
Dr. Wagner Gattaz: Uma primeira fase depressiva trata-se por 12 meses e depois tenta-se suspender a medicação. Em um terço dos casos a pessoa continua bem, e em dois terços há uma tendência à volta de sintomas, o que pode ser prevenido com a continuidade do tratamento medicamentoso.
EXISTE ALGUM OUTRO MODO DE TRATAMENTO A NÃO SER O USO DE FITOTERÁPICOS PARA EVITAR USO DE REMÉDIOS QUÍMICOS?
Dr. Wagner Gattaz: Não se deixe influenciar pelo estigma dos medicamentos antidepressivos. Porque evitar remédios químicos, moléculas purificadas e testadas pela ciência, e dar preferência à fitoterápicos, sem qualquer base científica e que tem um efeito tóxico muito maior que o de medicamentos, e acima de tudo não resolvem a doença? Muitas vezes o tratamento medicamentoso traz a solução para o problema. Uma psicoterapia para desordens como a síndrome de Burnout tem que seguir um protocolo aprovado cientificamente, não é algo que se faz por tentativa e erro. E se for necessário, é um privilegio poder contar com medicamentos eficazes (da mesma forma que se conta com antibióticos, vacinas, analgésicos, antiinflamatórios e etc.).
COMO CONSEGUIMOS SABER SE O DIAGNÓSTICO FOI BEM FEITO?
Dr. Wagner Gattaz: É possível medir a efetividade do diagnóstico comparando-o com padrões estatísticos e também um diagnóstico correto resulta num tratamento eficaz.